Que magia é esta?
Calendários são algo com que a Humanidade convive há séculos e que mais recentemente fizeram a sua aparição nas nossas vidas tecnológicas. Ao organizarmos localmente uma lista de tarefas com datas e horas, estamos a criar um sistema de informação pessoal que nos permite ter uma antevisão datada de eventos e tarefas. A passagem dessas listas para uma versão electrónica, num computador ou num device móvel como um tablet ou um telefone móvel, facilita a consulta, a edição de alterações e anulações mas sobretudo permite a partilha dessas marcações com um grupo de equipamentos que nos pertençam ou que pertençam a terceiros.
É aqui que tudo começa. Para que entenda de raiz como funciona um calendário partilhado (o objectivo deste capítulo), saiba que o iCal Benfica é, antes de algo mais, um calendário pessoal gerido na origem por uma pessoa comum. Um calendário que qualquer um de nós pode criar (ou já ter criado) e que pode abarcar os itens que acharmos por necessários à actividade de cada um. Um calendário pessoal pode (e deve, como perceberemos mais tarde), possuir várias categorias. Assim, e a título de exemplo, dividir um calendário em várias categorias é uma decisão inteligente. Dividir questões pessoais de profissionais, familiares de desportivas é acertado porque a maioria dos sistemas nos permitirão visualizar as categorias em separado. E quando qualquer um de nós consulta os seus calendários, surgirão situações em que pode querer momentaneamente ver apenas uma ou outra categoria, ver a árvore sem ter de observar a floresta.
Este é o princípio básico de um calendário pessoal. O segundo passo importante é determinar que categorias se desejam ver tornadas públicas. Se você tem um grupo de trabalho, é possível que queira partilhar uma ou mais categorias com essas pessoas. Para serem tornadas públicas é necessário informar o seu calendário de que uma dada categoria é “Pública”, ou seja, que o seu sistema de armazenamento de calendários possa providenciar um link que possa fornecer a terceiros. Chama-se partilhar a esse acto. Ao inserir esse link num outro calendário, o utilizador que o inserir estará a subscrever um calendário partilhado. É o que sucede com o iCal Benfica: As categorias que partilho publicamente são apenas uma parte das categorias do meu calendário pessoal, nomeadamente as que dizem respeito ao Sport Lisboa e Benfica.
Calendários complexos e que requeiram atenção permanente consomem tempo na respectiva gestão. Sobretudo se forem grandes em termos de quantidade de informação. A subscrição, digamos, poupa-me a reinvenção da roda.
É simples: O emissor desse calendário está a partilhar um ou mais links, quem recebe essa informação e recebe a informação desses links é designado por subscritor. Uma subscrição pode ser terminada a qualquer momento, basta apagar a subscrição do seu calendário e o fluxo de informações cessa de imediato. É como fechar uma torneira que só temos aberta enquanto o desejamos. Não existem questões de segurança, não existem trocas de dados sensíveis, em momento algum esta subscrição pode fazer perigar o que quer que seja do lado dos sistemas subscritores.
O emissor pode fazer alterações (o subscritor não) e quem subscreve um calendário receberá as alterações produzidas pelo emissor de acordo com as preferências que definiu para a frequência de actualização. Quais as vantagens de subscrever um calendário em vez de ser o próprio a gerir as informações do mesmo?
À partida, a poupança de tempo e trabalho. Calendários complexos e que requeiram atenção permanente consomem tempo na respectiva gestão. Sobretudo se forem grandes em termos de quantidade de informação. A subscrição, digamos, poupa-me a reinvenção da roda. Se existe um calendário credível de, por exemplo, feriados municipais, porque haverei eu de estar a repetir o trabalho de inserção de datas de feriados quando os posso receber comodamente no meu calendário e deixar de os utilizar ou visualizar quando muito bem entender?
A convergência de tecnologias permite que sistemas operativos diferentes possam hoje partilhar links de forma directa e tornar a plataforma utilizada pelo subscritor seja quase transparente, ou seja que não interesse ao subscritor qual a plataforma tecnológica utilizada pelo emissor. A título de curiosidade a plataforma usada pelo emissor do iCal Benfica é Mac OS X dado que o meu calendário pessoal é produzido em ambiente Apple Macintosh e partilhado com quem o queira subscrever. Divirta-se!